Quero Saber
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Face ao tipo de utilização que os diferentes utilizadores fazem da Internet, sob as suas diferentes formas (pesquisa, atividades e comportamentos que pratica online), um utilizador poderá ser considerado como tendo um comportamento aditivo se reunir os seguintes critérios:

  1. Saliência, quando a atividade em questão se torna predominante na vida do utilizador, ocupando grande parte da sua disponibilidade mental ou colocando em causa necessidades básicas (ex: sono, alimentação, higiene) e/ou as suas rotinas (ex: estudar, trabalhar, praticar desporto), acompanhado muitas vezes de perda do funcionamento académico e/ou ocupacional;

  2. Mudança de humor, quando a Internet passa a fazer parte das estratégias do utilizador para lidar com estados emocionais (ex: utilizar a Internet para tranquilização ou motivação/excitação);

  3. Tolerância, quando o utilizador necessita de passar cada vez mais tempo em atividades online para obter satisfação;

  4. Privação/Sintomas de abstinência, quando o utilizador experiência sensações desagradáveis, físicas ou psicológicas, quando é impedido de utilizar a Internet;

  5. Conflito, quando estas práticas geram dificuldades interpessoais com o seu círculo próximo (família, amigos, colegas de trabalho);

  6. Recaída, quando estes sintomas voltam a surgir após períodos de relativo controlo.

É importante esclarecer que a Internet pode ser um meio mas não um fim em si mesmo responsável por causar comportamentos aditivos, ou seja, os indivíduos não são dependentes da Internet, mas sim de uma ou mais atividades que praticam online ou digitalmente.

É igualmente relevante perceber que quando estamos online existem diferentes esferas de atuação e diferentes áreas temáticas (ex: jogos, redes sociais, multimédia, compras, entre outras). Assim, de maneira a prevenir um potencial comportamento aditivo ou melhor intervir de forma terapêutica, é preciso conhecer com pormenor os padrões de utilização e comportamentos online do utilizador.